segunda-feira, 1 de setembro de 2014

O HOMEM É LIVRE PORQUE É CAPAZ DE DOMINAR SEUS PRÓPRIOS ATOS

“O homem é livre porque é capaz de dominar seus próprios atos, desde a deliberação até a execução. Ser livre é ser senhor de si mesmo. Nesse autodomínio está o sentido ontológico mais profundo da liberdade. Ora, como criatura racional que é, o homem está sujeito não apenas às leis físicas ou biológicas, que regulam o cosmo e os organismos vivos, mas também à lei moral, que o leva a praticar o bem e evitar o mal. Acontece que, quando ele se desvia da norma da moralidade, conhecida naturalmente pela sua razão, deixando-se conduzir por inclinações más e abusando de sua liberdade, acaba muitas vezes por escravizar-se aos próprios instintos, ou aos maus hábitos... Ou seja: não usando devidamente da liberdade, na subordinação desta à ordem moral, o homem vem a perde-la, tornando-se incapaz daquele domínio sobre si, característico essencial da liberdade”.
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José Pedro GALVÃO DE SOUSA. A liberdade em sua dimensão social. A propósito da distinção entre “liberdade abstrata” e “liberdades concretas”, In. Filosofar Cristiano. Revista Semestral, n. 15-16, Córdoba: Asociacion católica interamericana de filosofia, 1984-1985, p. 143.

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