quarta-feira, 10 de maio de 2017

O DEVER DE SENHOR DO LAR...

"Como todo cristão está sujeito a Cristo do qual é membro, assim a mulher está sujeita ao homem. Pois pelo matrimônio tornou-se uma carne com ele. Esposas, nunca vos assalte a gana de usurpar o cetro da família. O vosso cetro - cetro de amor - seja aquele que em vossas mãos coloca o apóstolo: salvar-vos pela educação dos filhos, se permanecerdes na fé e na caridade e na santidade, unidas à modéstia . . . Trata-se de "uma ordem de amor".
Tal sujeição não tira, ou nega à mulher, aquela liberdade a que tem pleno direito, quer pela nobreza da personalidade humana, quer pela missão nobilíssima de esposa, mãe e companheira. Tão pouco a obriga a condescender com todos os caprichos do homem, por menos conformes que eles sejam à própria razão ou à dignidade da esposa.
Essa sujeição não pode ser equiparada àquela de pessoas que, em direito, se chamam menores, às quais por falta de maior madureza de juízo ou por inexperiência das coisas humanas, se não costuma conceder o livre exercício dos seus direitos.
Toda família é uma sociedade de vida. Toda sociedade bem ordenada requer um chefe. Todo poder do chefe provém de Deus. Esse chefe - o homem - não pode fugir ao dever de senhor do lar. A indolência, o descuido, o egoísmo e a distração não devem levá-lo a abandonar o leme da nau de seu lar . . . Mas na casa do cristão, que vive pela fé e é um peregrino rumo à cidade celeste, os mesmos que mandam servem aqueles sobre os quais parecem mandar. Pois não mandam pela ânsia de dominar, mas por ofício de aconselhar, não pela soberba de prevalecer, mas pela misericórdia de providenciar".
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Pio XII. Alocução aos recém-casados, 10 de Setembro de 1941.

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