domingo, 17 de maio de 2015

MASSIFICAÇÃO E ISOLAMENTO

“Estas noções - de responsabilidade pessoal, de solidariedade orgânica e hierarquização social – são particularmente importantes se queremos trabalhar seriamente para o reestabelecimento do equilíbrio humano em um Mundo ameaçado pelos efeitos do gigantismo social... e quanto mais nos afastarmos dos equilíbrios naturais, mais passaremos a depender, de forma crescente, da tecnocracia, correndo o risco de oscilar para um mundo ajustado quantitativamente, um mundo de grandes conjuntos abstratos no qual se amontoam multidões de indivíduos isolados. Massificação e ao mesmo tempo isolamento. Não é este por acaso o paradoxo característico da vida moderna? Amontoamento e isolamento em vastas concentrações industriais nas quais o excesso de especialização técnica tende a destruir as solidariedades profissionais. Amontoamento e, ao mesmo tempo, isolamento dos indivíduos desarraigados de seus ambientes naturais, mas reagrupados mecanicamente na ação de massas políticas, sindical ou de outro tipo semelhante. Quanto mais asfixiante e massificador se converta a sociedade, mais risco correrão os indivíduos, em busca de refúgios humanos e de ambientes protetores, de precipitar-se nas emboscadas das organizações fictícias e da propaganda que acossam com mil excitações exteriores a vida das massas modernas”.


___ Michel de PENFENTENYO. La Formación de los Hombres por los Oficios y las Profesiones, Revista VERBO, Serie XII, núm. 119-120, Madri: novembro-dezembro de 1973, p. 1.004.

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