"Todos
os heróis admirados e propostos como modelo à juventude eram homens e mulheres
capazes de grandes sacrifícios, de generosas renúncias, de heroicos sofrimentos
por uma causa, por um ideal que se identificava sempre com a verdade e o bem, e
nunca com a auto-satisfação hedonista ou o interesse egoísta. Este era o comum
denominador dos grandes personagens bíblicos – Moisés, Davi, Judite, Ester...
–, dos heróis pagãos – Aquiles, Penélope, Enéias, Dido... – e dos heróis
cristãos, quer se tratasse de mártires, de virgens enamoradas de Deus, de
grandes servidores dos pobres; quer de modelos de cavaleiro cristão, como o rei
São Luís da França ou El-Rei Dom Sebastião; ou os heróis lendários como Sir
Lancelot, Tirant lo Blanc e o louco e genial Dom Quixote de la Mancha. O
espelho da grandeza era a virtude. E a virtude não só tolerava, mas exigia o
sofrimento heroico, paciente, e o sacrifício desinteressado, até chegar à
entrega – sem um arrepio – da própria vida."
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Padre
Francisco FAUS. A sabedoria da Cruz. São Paulo: Quadrante, 2001, p. 09-10.
(Enviado por Kathren Silveira Batista)
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