“Com o advento do comunismo que, a
todo transe, pretende traduzir em realidade social o materialismo dialético de
MARX, a irreligiosidade passar a ser o ideal de uma nova civilização, e o
combate à divindade, a condição preliminar de seu triunfo na história. Sem
extirpar das consciências a crença em Deus e tudo o que ela representa para a
grandeza, a paz e a esperança das almas, a humanidade não atingirá a meta de
sua evolução na conquista da felicidade. Um ateísmo militante identifica-se
assim com o próprio esforço de libertação salvadora. Acenar aos homens com um
novo estilo de civilização em que Deus é o grande inimigo e, para levar a termo
esta transmutação radical de valores, mobilizar, num titanismo sem escrúpulos,
todos os ressentimentos históricos e toda a avidez de paixões violentas, eis a
tragédia do comunismo. Um estudo da gênese ideológica do marxismo porá em
evidência estas correlações internas e essenciais, que fazem do combate à
própria noção da divindade a pedra angular da implantação e conservação do
comunismo soviético”.
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Pe. Leonel Franca. “Ateísmo
militante”, em Alocuções e artigos, Tomo II, Rio de Janeiro: Agir Editora,
1954, p. 33-34.
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