"Uma desordem total invadiu o
nosso século. A característica principal da forma moderna da desordem é a
inversão dos valores do convívio humano... Na família, os filhos estão surdos
para o timbre da voz paterna. Os pais estupefatos temem os filhos. Temem
principalmente perdê-los. Com cabisbaixa fraqueza cedem às suas imposições,
para não perderem aqueles que de há muito perderam. Congrega-os o lar apenas
por laços de um certo instinto gregário e os interesses monetários dos filhos.
Mas o filho já é um estranho na casa. Na escola, a professora condicionada por
uma pedagogia que nega a tendência da criança para o mal (tendência que é um
claro indício do pecado original) e o valor educativo das punições, docilmente
cede a todos os caprichos infantis. Nos ginásios, os adolescentes agrupados na
promiscuidade da co-educação, iniciam-se nas “viagens do fumo” e dos tóxicos,
preparam-se para o amor nas “inocentes” práticas sexuais, sob os olhares
estimulantes e compreensivos dos orientadores educacionais. Nas universidades,
os representantes do mais tolo mito do século, o mito do JOVEM, elaboram os
programas, impõem e depõem os mestres e dirigentes... que os orientam conforme
a moral permissiva e a linha subversiva".
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Gustavo CORÇÃO.
Editorial da Revista Permanência, no. 57, Julho de 1973.
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