quarta-feira, 18 de outubro de 2017

A MAÇONARIA

Leão XIII, no final de sua Encíclica [Humanum Genus, 1884], revela o modo como estas seitas clandestinas se insinuam no coração dos príncipes, ganhando sua confiança com o falso pretexto de proteger sua autoridade contra o despotismo da Igreja; na realidade, com o fim de inteirar-se de tudo, como o prova a experiência, já que depois – acrescenta o Papa – estes homens astutos lisonjeiam as massas fazendo brilhar ante seus olhos uma prosperidade da qual, segundo dizem, os Príncipes e a Igreja são os únicos e irredutíveis inimigos. Em resumo: precipitam as nações no abismo de todos os males, nas agitações da revolução e na ruína universal, de que não tiram proveito senão os mais astutos.
Este objetivo real da descristianização se mascarava antes com outro que só era aparente. A seita se apresentou ao mundo como sociedade filantrópica e filosófica. Mas, logrado alguns triunfos, arrancou a máscara. Se gloria de todas as revoluções sociais que sacudiram a Europa, e especialmente da francesa; de todas as leis contra o clero e as Ordens religiosas; da laicização das escolas; da retirada dos Crucifixos dos hospitais e dos tribunais; da lei do divórcio, e tudo quanto descristianiza a família e debilita a autoridade do pai, para substituí-la por um Governo ateu. Pratica o adágio: dividir para vencer. Separar da Igreja os reis e os Estados; debilitar os Estados, separando-os uns dos outros para melhor dominá-los com um oculto poder internacional; preparar conflitos de classe separando os proprietários dos empregados; debilitar e destruir o amor à pátria; na família separar o esposo da esposa, tornando legal e facilitando cada vez mais o divórcio; separar, por fim, os filhos de seus progenitores para fazer deles a presa das escolas chamadas neutras, na verdade ímpias, e do Estado ateu.
A Maçonaria pretende também, contribuir com o progresso da civilização rechaçando toda revelação divina, toda autoridade religiosa: os mistérios e os milagres devem ser desterrados do programa cientifico. O pecado original, os Sacramentos, a graça, a oração, os deveres para com Deus são absolutamente desprezados, assim como toda distinção entre o bem e o mal. O bem se reduz ao útil, toda obrigação moral desaparece, as penas de além terra desaparecem. A autoridade não vem de Deus, mas do povo soberano.
Reina na Maçonaria particular ódio contra Cristo.
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Reginald GARRIGOU-LAGRANGE O.P. La vida eterna y la profundidad del alma, Madrid: Ediciones Rialp, 1952.

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