sexta-feira, 8 de agosto de 2014

A CRUZ COMO CENTRO DA HISTÓRIA MEXICANA

“A história do México pode ser sintetizada em duas grandes etapas simbolizada a primeira por Huitzilipochtli, a segunda por Jesus Cristo, na Evangelização. Huitzilopochtli, o deus sanguinário e feroz, síntese dos costumes do culto da ideologia política e social da multidão de raças e tribos que povoavam o imenso território que forma hoje nossa pátria. Durante seu reinado não havia surgido, nem poderia surgir, a nacionalidade mexicana; entre o grande número de povos que habitavam nosso solo não existia nenhum laço que os unisse, nenhum interesse comum material, espiritual ou moral que formasse um princípio de nacionalidade; falavam variadas línguas, praticavam variadíssimos costumes, estavam sujeitos a todas as formas de governo e a única lei que os relacionava era a lei brutal do mais forte que fazia com que estivessem em continuas e desastrosas guerras de conquista, com seu saldo trágico de homens, pestes, miséria, escravidão e sacrifícios humanos feitos em favor do deus triunfador... Existem povos que forjaram suas nacionalidades movidos por distintas razões e ao impulso de forças variadas: a nacionalidade mexicana se forjou tão somente pelo calor do lenho do calvário, a Cruz, que como inestimável patrimônio nos legaram os heroicos missionários espanhóis, pais da pátria mexicana.
A Cruz de Jesus Cristo é o centro de nossa história. Não queremos ser a cidade do mundo, mas a cidade de Deus como dissera Santo Agostinho; queremos que Cristo esteja presente novamente na cultura, no âmbito laboral, na arte, assim como na política, mas sobretudo em nossas famílias. Ela, a Cruz de Cristo, foi a que inundou com a luz regeneradora da fé e da doutrina cristã a alma do índio. Ela foi a que conteve o impulso de destruição do vencido, que alentou com força incontida o ânimo esforçado e vigoroso de todo conquistador e os audazes e ardentes cavaleiros que só rendiam suas espadas diante da figura dolente do Mártir do Calvário.  Ela foi a que deu ânimo, vigor, fortaleza e constância aos freis, na obra titânica da evangelização da Nova Espanha”.


___ Antonio LEAÑO REYES (Reitor da UAG). La Cruz es el eje de nuestra história, Alma Mater: Revista de la Universidad Autonoma de Guadalajara, n. 273, nov. 2013, p. 17.

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