quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

O HOMEM NÃO EXISTE PARA SI MESMO

“É verdade que os homens, criaturas racionais e livres, governam e ordenam a si mesmos para lograr o Bem Comum, sob a direção de uma autoridade legítima; mas é erro grave sustentar que existem para si mesmos posto que embora tenham razão de causa e de fim, não são causa primeira nem fim último. O homem, cada homem, é pessoa uma vez que subsiste em si e por si como sujeito único e exclusivo de sua existência, de seus atos, de seus acidentes. A distinção último de sua natureza é a alma imaterial e imortal, feita à imagem e semelhança de Deus, unida substancialmente a um corpo com o qual subsistem como alguém, como uma pessoa singular com vocação e destino eternos. A causa primeira e o fim último de cada pessoa humana é Deus; quer dizer que vem de Deus e vai para Deus que é sua meta definida e definitiva. Isso nos permite compreender que quando o homem se divide/afasta de Deus pelo pecado original e os cometidos doravante, corrompe seu próprio ser, distorce sua natureza desarraigada do princípio e do fim, torna-se desumano para com os demais homens e para consigo mesmo. Dividido/afastado de Deus se divide do próximo e de si mesmo, precipitando-se na dialética da contradição infinita”.


Jórdan Bruno GENTA (1909-1974). Opción política del Cristiano: soberanía de Cristo o soberanía popular, Buenos Aires: Ediciones REX, 1997, P. 19.


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