quinta-feira, 10 de julho de 2014

A IDOLATRIA MODERNA

“Quem recusa reconhecer ou amar a Deus, fatalmente reconhece ou ama a um fetiche: as épocas pouco religiosas são as mais supersticiosas e idolatras. E a idolatria leva ao fanatismo. Deus é uno, mas os ídolos podem ser infinitos, e cada homem fabrica o seu. O fanatismo implica intolerância, violência e guerra de ídolos contra ídolos, de fanáticos contra fanáticos; daí a falta de respeito recíproco e a conseguinte “impiedade” contra tudo e todos e a negação da liberdade. A sociedade moderna é idolatra – o laicismo é sempre idolatria -, é fanática e intolerante de extrema intolerância... A identificação do conhecer humano com o Absoluto, da verdade com o pensamento em seu devir, do ser com o pensar, comporta, como já se foi dito, a dissolução de Deus no homem, a divinização do homem, a absolutização do princípio da subjetividade, a redução de Deus-Homem ao Homem-Deus, a conversão da teologia em antropologia, que implica em nada dizer sobre o ser do homem e sobre o ser de Deus. Assim, a divindade do mundo moderno foi, sucessivamente, a Ciência, a Humanidade, a Filosofia, a Economia, a História etc.; sempre um ídolo; um mito mundano e laico chamado a se colocar no lugar de Deus”.


____ Michele FEDERICO SCIACCA. L'ora dì Cristo, cap. II, Milão: Marzorati, 1973, pp. 80 e ss.





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