“Santo Agostinho enumera como bens ou fins do
matrimônio: proles, fides, sacramentum. O bem da prole é a sua geração e
educação; o bem da fidelidade consiste na mútua e exclusiva doação dos corpos e
das almas; o bem do sacramento é o vínculo indissolúvel que une os cônjuges,
como símbolo e representação do vínculo que une Cristo com a sua Esposa, a
Igreja (Ef. 5, 22)
S.
Tomás, comentando essa definição, põe a si mesmo a seguinte objeção: em vez de
fidelidade, não se deveria por amor, uma vez que a união de Cristo com a
Igreja, que o matrimônio simboliza e imita, se realiza pelo amor? E responde
que, por sacramento, se devem entender “todas as coisas que pertencem ao
matrimônio, porquanto ele é o sinal da união de Cristo com a Igreja”. (Suppl.
3, quest. 48, art. 2, ad 4). De fato. O matrimonio representaria a união – toda
amor – de Cristo com a Igreja, se não incluísse o amor como elemento essencial?
Hino grandioso ao matrimônio cantou Pio XI na celebre encíclica “Casti Connubi”.
____________________________
__ Padre Paulo BANNWARTH. A trilogia sexo-amor-matrimônio na nova
moral, Hora Presente – Ano IV – Novembro/1972 - n. 13, p. 217.
Nenhum comentário:
Postar um comentário