“por que lutar se tudo tem um lado
positivo? Repetimos: esse pacifismo é a quinta essência, destilada,
pasteurizada, licorosa, adocicada daquela inimizade medular, moléculas que a
filosofia do Homem-exterior difundiu durante quatro séculos. Comparadas a esse
indiferentismo ignóbil, as guerras mais horríveis são ainda uma reação saudável
e cordial de uma pobre humanidade que se obstina em crer que valha a pena lutar
e morrer por uma palavra, por uma mulher, por uma bandeira, por uma idéia, e,
com muitíssimo mais forte fundamento, por um credo”.
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Gustavo CORÇÃO. Dois Amores — Duas Cidades, 2. vol., Rio
de Janeiro: Agir editora, 1967, p. 340.
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