"Como
todo cristão está sujeito a Cristo do qual é membro, assim a mulher está
sujeita ao homem. Pois pelo matrimônio tornou-se uma carne com ele. Esposas,
nunca vos assalte a gana de usurpar o cetro da família. O vosso cetro - cetro de
amor
- seja aquele que em vossas mãos coloca o apóstolo: salvar-vos pela educação
dos filhos, se permanecerdes na fé e na caridade e na santidade, unidas à modéstia
. . . Trata-se de "uma ordem de amor".
Tal
sujeição não tira, ou nega à mulher, aquela liberdade a que tem pleno direito,
quer pela nobreza da personalidade humana, quer pela missão nobilíssima de esposa,
mãe e companheira. Tão pouco a obriga a condescender com todos os caprichos do
homem, por menos conformes que eles sejam à própria razão ou à dignidade da esposa.
Essa
sujeição não pode ser equiparada àquela de pessoas que, em direito, se chamam
menores, às quais por falta de maior madureza de juízo ou por inexperiência das
coisas humanas, se não costuma conceder o livre exercício dos seus direitos.
Toda
família é uma sociedade de vida. Toda sociedade bem ordenada requer um chefe.
Todo poder do chefe provém de Deus. Esse chefe - o homem - não pode fugir ao dever
de senhor do lar. A indolência, o descuido, o egoísmo e a distração não devem
levá-lo a abandonar o leme da nau de seu lar . . . Mas na casa do cristão, que
vive pela fé e é um peregrino rumo à cidade celeste, os mesmos que mandam
servem aqueles sobre os quais parecem mandar. Pois não mandam pela ânsia de
dominar, mas por ofício de aconselhar, não pela soberba de prevalecer, mas pela
misericórdia de providenciar".
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Pio XII. Alocução aos recém-casados, 10 de Setembro de 1941.
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