O
oratório antigo e pobre
cheirando
a flor murcha e a cera.
Ao
lado, uma vela acesa.
Lá
dentro, um senhor dos Passos
que
me fazia aflição;
tão
doloroso e cansado,
tão
carregado de sombra,
o
corpo todo dobrado,
o
joelho tocando o chão.
Em
torno, o silêncio... A vela
abria
uma vaga auréola
no
fundo azul da penumbra.
Eu
olhava, de olhos baços...
E,
no entanto, não sabia
de
que distância Ele vinha,
de
que imensa solidão.
Nem
mesmo, Senhor, sabia
que
Teus pés ainda dariam
tantos
passos, tantos passos -
antes
que um dia chegasses
ao
meu triste coração.
Tasso
da Silveira
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