“Eliminar a propriedade privada é cortar
definitivamente as bases econômicas da família e também de outras muitas
instituições que servem de contrapoderes ao Estado e tornam possível a
liberdade política. Em frase de Hilaire Belloc ‘tal solução seria como pretender
cortar os horrores de uma religião falsa com o ateísmo, ou os males de um
matrimônio fracassado com o divórcio, ou as tristezas da vida com o suicídio’.
Entregar toda a riqueza possível à um só administrador universal [o Estado]
supõem o definitivo desarraigamento do homem, reduzindo-o à sua condição
meramente individual. Supõem também romper todo vínculo espiritual com as
coisas, que deixarão assim de ser horizonte ou entorno humano para converter-se
em fonte indiferenciada de subsistência. Paradoxalmente o coletivismo
potencializa maximamente o individualismo e, através de um processo minucioso
de massificação, elimina do coração humano toda relação com o mundo circundante
que não seja a cobiça, a revolta e a inveja".
___Rafael GAMBRA CIUDAD. La propriedad: sus bases
antropologicas, Revista Verbo, Madrid.
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