“Quase todas as apostasias são
aventuras vulgares, porém todos os apóstatas acreditam que seu caso é de enorme
transcendência para a Igreja. Todas as apostasias começam pretendendo algum bem
espiritual, que se quer impor contra as regras divinas. A princípio o orgulho
se esconde de mil maneiras, e só aparece quando se esbarra contra a vontade do
Superior. Produz-se, então, a obstinação no próprio juízo e, como consequência,
a rebeldia contra a suprema autoridade. E nem bem vem a conservar-se a ruptura
definitiva, que costuma ser altissonante e aplaudida pelo mundo, vemos que Deus
castiga o apóstata, permitindo-lhe cair nessa aventura vulgar, para que sejam
vistos os pés de barro daquela estátua de ouro.”
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Hugo WAST (1883-1962), celebre
escritor argentino, de quem já fizemos duas postagens neste espaço. Uma delas é
o belo texto que traduzimos denominado O homem que nunca havia rezado e a outra
é a tradução do primeiro capítulo do seu magnífico e atualíssimo A autobiografia do filhinho que não nasceu.
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