“(...) é uma
verdadeira fraude o afirmar-se que o fatalismo materialista é, de certo modo,
favorável ao perdão e à abolição de castigos cruéis ou de castigos de qualquer
espécie. Tal afirmação é exatamente o contrário da verdade (...) o fato de que
os pecados são inevitáveis não evita o castigo; se alguma coisa evita, é,
precisamente, a persuasão. O determinismo conduz tanto à crueldade como é certo
que conduz à cobardia. O determinismo não é incompatível com o tratamento cruel
dos criminosos; aquilo com que ele é, talvez, incompatível é com o tratamento
generoso dos criminosos, com qualquer apelo que se possa fazer aos seus
melhores sentimentos ou com qualquer espécie de estímulo com que possamos animá-los
na sua luta moral”.
____ G. K.
Chesterton. Ortodoxia, Porto: Tavares Martins, 1956, p. 54. 55.
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