“Estas noções - de
responsabilidade pessoal, de solidariedade orgânica e hierarquização social – são
particularmente importantes se queremos trabalhar seriamente para o
reestabelecimento do equilíbrio humano em um Mundo ameaçado pelos efeitos do
gigantismo social... e quanto mais nos afastarmos dos equilíbrios naturais,
mais passaremos a depender, de forma crescente, da tecnocracia, correndo o
risco de oscilar para um mundo ajustado quantitativamente, um mundo de grandes
conjuntos abstratos no qual se amontoam multidões de indivíduos isolados.
Massificação e ao mesmo tempo isolamento. Não é este por acaso o paradoxo
característico da vida moderna? Amontoamento e isolamento em vastas
concentrações industriais nas quais o excesso de especialização técnica tende a
destruir as solidariedades profissionais. Amontoamento e, ao mesmo tempo,
isolamento dos indivíduos desarraigados de seus ambientes naturais, mas reagrupados
mecanicamente na ação de massas políticas, sindical ou de outro tipo
semelhante. Quanto mais asfixiante e massificador se converta a sociedade, mais
risco correrão os indivíduos, em busca de refúgios humanos e de ambientes
protetores, de precipitar-se nas emboscadas das organizações fictícias e da
propaganda que acossam com mil excitações exteriores a vida das massas modernas”.
___ Michel de PENFENTENYO. La Formación de
los Hombres por los Oficios y las Profesiones, Revista VERBO, Serie XII,
núm. 119-120, Madri: novembro-dezembro de 1973, p. 1.004.
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