“A ideologia marxista
não é uma teoria, nem mesmo uma
verdadeira política. É uma adulação, uma tentação sedutora, porém não irresistível, que vem tirando
dos trilhos os humildes, os pobres, fazendo-os esquecer que "ninguém é tão
pobre, nem tão desamparado que não tenha a cada instante, o meio de fazer o bem
a outra criatura sem interesse, por ela mesma, por um puro movimento de
amizade" (Paul Claudel). Arranca deles sua consciência cristã que julga a
riqueza como a mais pequena de todas as grandezas, para arrastá-los a uma falaz
e rancorosa consciência de classe pela qual se julgam miseráveis. E essa
diabólica tentação vai os despojando de todos os bens que receberam de Deus, de
sua Pátria, de sua família, de seus amigos; deixando suas almas vazias de todas
estas coisas preciosas que acumulavam na conformidade de sua pobreza; a
humildade, a sobriedade, a paciência, a disposição para a vida esforçada e
sobretudo, o temor de Deus e o amor dos seus e de sua terra. Assim é que vão
ingressar na legião dos miseráveis cheios de ódio, saturados de ressentimento
contra tudo o que existe e tem comando. A esta destruição interior, a esta
desmobilização moral dos operários, dos camponeses, dos soldados e suboficiais,
dos filhos e dos jovens estudantes, os Comunistas denominam: consciência de
classe".
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Jordán
Bruno Genta. Libre Examen y Comunismo. Buenos Aires: Libreria Huemul, 1960,
p. 35-36.
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