“Uma alma que transige com seu eu, que
se preocupa com sua sensibilidade, que se entretém em pensamentos inúteis, que
se deixa dominar por seus desejos, é uma alma que dispersa suas forças e não
está orientada totalmente para Deus. Sua lira não vibra uníssona e o divino
Mestre, ao tocá-la, não pode extrair dela harmonias divinas. Tem ainda
demasiadas tendências humanas. É uma dissonância. A alma que ainda reserva algo
para si em seu reino interior, que não tem suas potencias dispostas em Deus,
não pode ser um perfeito Louvor de glória. Não está capacitada para cantar
eternamente o Canticum Magnum de que
fala São João, porque a unidade não reina nela. Em vez de prosseguir com
simplicidade seu hino de louvor através de todas as coisas, tem que reunir
constantemente as cordas de seu instrumento dispersas por todas as partes. Que
necessária é a bela unidade interior para a alma que quer viver na terra a vida
dos Bem-aventurados, quer dizer, dos seres simples, dos espíritos! Me parece
que o Divino Mestre se referia a ela quando falava a Maria Madalena do unum necessarium (Lc. 10, 41)".
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Santa Elisabete da Trindade. Últimos
Ejercicios, día segundo.
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