sexta-feira, 20 de outubro de 2017

SIMPLICIDADE DA ALMA

“Uma alma que transige com seu eu, que se preocupa com sua sensibilidade, que se entretém em pensamentos inúteis, que se deixa dominar por seus desejos, é uma alma que dispersa suas forças e não está orientada totalmente para Deus. Sua lira não vibra uníssona e o divino Mestre, ao tocá-la, não pode extrair dela harmonias divinas. Tem ainda demasiadas tendências humanas. É uma dissonância. A alma que ainda reserva algo para si em seu reino interior, que não tem suas potencias dispostas em Deus, não pode ser um perfeito Louvor de glória. Não está capacitada para cantar eternamente o Canticum Magnum de que fala São João, porque a unidade não reina nela. Em vez de prosseguir com simplicidade seu hino de louvor através de todas as coisas, tem que reunir constantemente as cordas de seu instrumento dispersas por todas as partes. Que necessária é a bela unidade interior para a alma que quer viver na terra a vida dos Bem-aventurados, quer dizer, dos seres simples, dos espíritos! Me parece que o Divino Mestre se referia a ela quando falava a Maria Madalena do unum necessarium (Lc. 10, 41)".

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Santa Elisabete da Trindade. Últimos Ejercicios, día segundo.

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