Embora tenhamos
progredido muito nestes últimos anos não se pode negar ser ainda muito elevada
a percentagem do analfabetismo em nossa Pátria.
O problema não
está, porém, tão somente em alfabetizar esses 23 milhões de indivíduos
incultos: está em dar-lhes um ensino completo, isto é, alicerçado numa base
moral sólida sem a qual a ciência se torna mais danosa do que benfazeja.
Urge difundir a
instrução, mas a instrução religiosa, a instrução que rasga à inteligência
humana horizontes novos para o ideal, para a perfeição, para Deus.
Guerra Junqueiro, o
insuspeitíssimo Guerra, pouco antes de sua morte, afirmou a um jornalista
lisbonense que considerava como a maior fábrica de criminosos uma escola sem
Deus.
E a experiência de
tantos séculos ai está para confirmar a palavra do vate lusitano, que
representa, neste caso, o consenso universal.
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Publicado em A
Cruz, Ano VII, N. 30, de 10 de Julho de 1925.
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