“A história do México pode ser
sintetizada em duas grandes etapas simbolizada a primeira por Huitzilipochtli,
a segunda por Jesus Cristo, na Evangelização. Huitzilopochtli, o deus
sanguinário e feroz, síntese dos costumes do culto da ideologia política e
social da multidão de raças e tribos que povoavam o imenso território que forma
hoje nossa pátria. Durante seu reinado não havia surgido, nem poderia surgir, a
nacionalidade mexicana; entre o grande número de povos que habitavam nosso solo
não existia nenhum laço que os unisse, nenhum interesse comum material,
espiritual ou moral que formasse um princípio de nacionalidade; falavam
variadas línguas, praticavam variadíssimos costumes, estavam sujeitos a todas
as formas de governo e a única lei que os relacionava era a lei brutal do mais
forte que fazia com que estivessem em continuas e desastrosas guerras de
conquista, com seu saldo trágico de homens, pestes, miséria, escravidão e
sacrifícios humanos feitos em favor do deus triunfador... Existem povos que
forjaram suas nacionalidades movidos por distintas razões e ao impulso de
forças variadas: a nacionalidade mexicana se forjou tão somente pelo calor do
lenho do calvário, a Cruz, que como inestimável patrimônio nos legaram os heroicos
missionários espanhóis, pais da pátria mexicana.
A Cruz de Jesus Cristo é o centro de nossa
história. Não queremos ser a cidade do mundo, mas a cidade de Deus como dissera
Santo Agostinho; queremos que Cristo esteja presente novamente na cultura, no âmbito
laboral, na arte, assim como na política, mas sobretudo em nossas famílias. Ela, a Cruz de Cristo, foi a que inundou com a luz regeneradora da fé e da doutrina cristã a alma do
índio. Ela foi a que conteve o impulso de destruição do vencido, que alentou
com força incontida o ânimo esforçado e vigoroso de todo conquistador e os
audazes e ardentes cavaleiros que só rendiam suas espadas diante da figura
dolente do Mártir do Calvário. Ela foi a
que deu ânimo, vigor, fortaleza e constância aos freis, na obra titânica da
evangelização da Nova Espanha”.
___ Antonio LEAÑO REYES (Reitor
da UAG). La Cruz es el eje de nuestra história, Alma Mater: Revista de la
Universidad Autonoma de Guadalajara, n. 273, nov. 2013, p. 17.
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