"A árvore argentina se compunha, pois, de uma
raiz fundamental, hispano-cristã; de um tronco tradicional, criollo, e de uma ramagem moderna
imigratória. A folhagem enriquecia a árvore, à qual se assimilava. Tudo em sua
medida e harmoniosamente. Tal concepção perdurou intacta até a derrota nacional
de 1982 nas Ilhas Malvinas. Desde então predominaram certos grupos étnicos, não
precisamente americanos ou nativos, que sempre resistiram a assimilação à um único
raizame indentificatório nacional. Entronizados nos aparatos educativos,
mediáticos e partidocráticos, aproveitaram a funesta situação de derrota para
atacar a identidade argentina, e, propor, em substituição, o mito da ‘pluralidade
cultural, própria dos povos invertebrados e sem história’.
À esses efeitos tenebrosos, e como disfarce de
sua real autoria e, interesses de ‘ghetto”, ditos setores levantaram o tópico
da ‘diversidade cultural’ dos ‘povos originários’. Daí que, na reforma
constitucional de 1994, em lugar de assinalar a identidade nacional, se
estabeleça o respeito à identidade indígena não por amor ao índio, mas por ódio
à cultura cristã-hispânica fundacional de nosso país”.
__ Enrique DÍAZ ARAUJO. Propiedad Indígena (Glosas Críticas), Editorial:
EUC, 2011, p. 14-15.
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