quinta-feira, 27 de novembro de 2014

FRANCISCO E O SANDINISTA MIGUEL D'ESCOTO

Trechos da Declaração do Instituto de Filosofia Prática de Buenos Aires sobre o levantamento de uma suspensão a divinis e o comunismo.

“O comunismo é intrinsecamente perverso”. Pio XI, Divini Redemptoris, 60.

“Todo anticomunista é um cão”; “O inferno são os outros”. Jean Paul Sartre.


1. Há poucos dias, o Papa Francisco levantou a suspensão “a divinis” que pesava sobre o sacerdote Miguel D’Escoto Brochmann, por solicitação do mesmo, alentado pelo Núncio na Nicarágua. A penalidade havia sido imposta por seu antecessor João Paulo II, há trinta anos atrás, por participar, "na perseguição de católicos durante o primeiro governo sandinista", do qual era chanceler.

2. Como afirma Antonio Valladares, poeta e pintor curbano, quem padeceu vinte e dois anos nas prisões políticas de Cuba, “não consta que o padre D’Escoto tenha se retratado do apoio ostensivo à ditadura castrista, favorecendo a escravidão do povo cubano”; para o padre D’Escoto “a primeira coisa que um cristão deve ser é anticapitalista e antiimperalista”. (Francisco, pro-castrismo, y confusión, 9/8/2014)

3. Não demorou muito para que reabilitado sacerdote mostrasse seu atual espirito de “reconciliação”. Em primeiro lugar, criticou a punição que lhe havia sido imposta: “na realidade, foi um abuso de autoridade e Deus me deu a graça de carregar isso sem nenhum rancor”; em segundo lugar, afirmou: “Jesus foi o maior anti-imperialista da história; foi crucificado por ser anti-imperialista”.  (La Prensa, Managua edición digital, 5/8/2014).

4. Mas, como se isto já não bastasse, no mesmo dia declarou ao Canal 4 de Managua: “O Vaticano pode silenciar em face do mundo, então Deus fará com que as pedras transmitam sua mensagem, mas não fez isso, escolheu o maior latino-americano de todos os tempos: Fidel Castro”. E não satisfeito em sua orgia laudatória acrescentou: “É através de Fidel Castro que o Espírito Santo nos transmite a mensagem, essa mensagem de Jesus da necessidade de lutar para estabelecer o reino de Deus nesta terra que é a alternativa ao império” (Agencia EFE, 5/8/2014).

5. O comunismo, que há muitos engana com a ideia de uma ‘aparente redenção’, seguirá sendo nosso primeiro inimigo. Porque “sua doutrina não é apenas social. O ateísmo que leva em seu coração o afeta com um coeficiente religioso... a doutrina comunista e um Evangelho infernal... Por isso se esforça em criar a confusão entre os católicos mediante sua falsificação da redenção dos humildes. Transforma a revolução divina em revolução humana e faz do homem novo de São Paulo o homem novo do marxismo” (Louis Salleron Monde et Vie, Paris, n. 168, 1968, p.44).

6. O comunismo, “abraçou o partido da humanidade contra os homens”, e os partidários do ódio convertera muitos lugares da terra em um mundo odioso, bem descrito por Thierry Mauliner: “Desse [mundo] que quis me afastar, desse mundo em que a mulher deve desconfiar de seu marido e o irmão de seu irmão. 7. Desse mundo em que um filho deve peticiona ao tribunal para julgue seu pai por traição: 'Solicito que meu pai seja condenado à morte e que minha carta seja lida em sua frente’. Desse mundo em que a vida é comprada ao preço do nojo de si mesmo”.

8. O sacerdote D’Escoto, cheio de ódio, blasfemo, impenitente, soberbo, cego ante a realidade, extraviado, fanatizado pela ideologia marxista ou totalmente louco, encontra-se em condições de celebrar a Santa Missa? Não serão cometidos renovados sacrilégios?

9. Não somos responsáveis por tudo isso porque não é de nossa competência outorgar licenças, retirá-las, ou suspender a quem quer seja. Mas como cristãos, manifestamos nosso temor e o faremos chegar pelas vias correspondentes, a quem têm a competência e responsabilidade de fazê-lo, para que fique inteirado caso não o esteja. E proceda em consequência assumindo essa responsabilidade.

Buenos Aires, 12 de agosto de 2014.

                    Bernardino Montejano*                       Juan Vergara del Carril                     Presidente                                                  Secretario


* O professor Montejano é conhecido nos círculos católicos no âmbito de sua pátria, a Argentina, e em nível internacional, tendo colaborado com a Revista Verbo de Madri, dirigida por décadas pelo também jusnaturalista Juan Vallet de Goytisolo. Discípulo do Padre Julio Meinvielle, seu compatriota e conhecido tomista, é profundo conhecedor do magistério da Igreja e defensor intrépido da Realeza Social de Nosso Senhor Jesus Cristo conforme ensinamentos de São Pio X e da encíclica Quas Primas de Pio XI. 


Os socialistas Evo Morales e frei D'escoto

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