Não há alma, por mais
desamparada que seja, que não possa ouvir a verdade quando esta adota uma
linguagem feita para ela. Eis ai o gregoriano: “Uma linguagem da alma para a
alma”, como assevera Charlier. A força expressiva do canto gregoriano não se
afirma no paroxismo, senão na sobriedade, na sinceridade, na cortesia e na
castidade de suas formulas. Sua beleza é sempre nova, porque diz o que nenhuma
música expressa; por isso tem a certeza de comover as almas de qualquer raça.
Sua compreensão profunda não é fácil, como ocorre com qualquer das artes,
porque é a meditação dos mais altos mistérios.
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