O Cardeal Jorge Bergoglio,
disse: “encarregar-se da utopia implica em saber para onde ir... para onde
estou me dirigindo, não estar à deriva. Reivindicar a utopia adquire mais
vigência nos tempos de obscuridade... Quando não há utopia ou a utopia encontra-se
adormecida ou anestesiada, vive-se na conjuntura e não se sai dela”. Ela é um “caminho
para o fim” e quando não existe “acomodo-me na conjuntura e volto-me sobre mim mesmo”.
“Para que uma pastoral social, para que uma pastoral política funcione, hoje é
necessário, dadas as situações de crises que vivemos, recuperar a utopia. A
história nos ensina que este tipo de enfoque é o que encaminha para o
amadurecimento de um povo... É criminoso privar um povo da utopia ou, dito de
forma cristã, é criminoso privá-lo da esperança. Simplesmente é aprisioná-lo”. (Séptima
Jornada Pastoral de Buenos Aires).
Lamentamos discrepar com
nosso Pastor. Haveria que distinguir em primeiro lugar a utopia do ideal
histórico concreto possível. A primeira fanatiza, o segundo desperta, amadurece
e liberta. E em segundo lugar não se pode confundir a utopia com a virtude
teologal da esperança, porque seria identificar o paraíso terrestre com a
Pátria celestial, termo de nossa peregrinação aqui, no tempo... Basta de confusões!
Bernardino MONTEJANO. El
mesianismo en los utopismos históricos.
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