domingo, 13 de abril de 2014

A TOLERÂNCIA

O único fundamento possível da tolerância encontra-se na necessidade de permitir um mal para impedir outro maior que ele. Esta necessidade é uma exigência absoluta, não relativa ou condicionada, ainda que indubitavelmente se prefira algo que só de um modo relativo (em sentido ontológico, não em acepção gnoseológica) é admissível. O tolerado é sempre um mal (o bom não é tolerado, senão positivamente querido, amado), e um mal é tolerável unicamente na qualidade de mal menor, sendo esta qualidade um valor objetivo, isto é, absoluto ou em si.
Antonio MILLÁN-PUELLES (1921-2005). Etica y realismo, Madrid: Rialp, 1996, pp. 382-383.
 A. MILLÁN-PUELLES

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