quarta-feira, 9 de abril de 2014

VIRTUDES TEOLOGAIS E A REVOLUÇÃO: BREVES NOTAS DE UM MÁRTIR

Neste tempo de “homofilia”, de insipidez e de decadência universais, vemos a fé e a esperança vazias de seu conteúdo sobrenatural. A fé em Deus se converteu na “fé no homem” (isto o torna mais “companheiro” e inclusive mais “camarada”); a esperança no céu é trasladada para o “paraíso na terra”. É o enlouquecimento das virtudes cristãs de que falava Chesterton. Assim, a caridade, perdidos os seus apoios (a fé e a esperança), se transforma rapidamente em simples “humanitarismo” que constitui a mais grave falsificação da caridade e, em suma, do cristianismo, uma vez que constitui o seu núcleo. Mas nossos aprendizes de revolucionários, que aprenderam a lição de que nada se destrói senão quando é substituído, apressam-se em fazer brilhar diante de nossos olhos de cristãos ingênuos novas esperanças e novos destinos. E assim o mundo moderno vê desenvolverem-se formas de messianismo temporal, uma diversidade de novos mitos. Razão, Estado, Nação, Proletariado, Soberania popular, Raça, Igualdade, Progresso, Opinião pública, Técnica, Socialização, Descolonização, Pleromização, etc. Os filósofos modernos caíram, uns após os outros, nos pecados contra a esperança que Santo Tomás descreve em sua Summa Teológica: o primeiro é a presunção, o segundo é o desespero.


Carlos Alberto SACHERI (1933-1974. Mártir de Cristo Rei). La virtud teologal de la esperanza. Revista Verbo, Madri, n. 131-132, janeiro-fevereiro (1975), p. 14.
O jovem professor argentino Carlos Alberto SACHERI com sua família.


Seu testemunho cristão imaculado, como esposo e pai de família, amigo, investigador, docente e promotor de inumeráveis iniciativas de restauração cívico-social de inspiração cristã, o marcou como alvo predileto das forças anti-cristãs e em pleno auge da violência terrorista de orientação marxista, em 22 de dezembro de 1974, após assistir a Santa Missa como o fazia diariamente, foi assassinado iníqua e covardemente pelo ERP (Exército Revolucionário do Povo), na presença de sua esposa e de seus sete filhos, o maior de 14 anos e a menor de apenas 2 anos de idade. Tinha 41 anos.

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