“É verdade que os homens,
criaturas racionais e livres, governam e ordenam a si mesmos para lograr o Bem
Comum, sob a direção de uma autoridade legítima; mas é erro grave sustentar que
existem para si mesmos posto que embora tenham razão de causa e de fim, não são
causa primeira nem fim último. O homem, cada homem, é pessoa uma vez que subsiste
em si e por si como sujeito único e exclusivo de sua existência, de seus atos,
de seus acidentes. A distinção último de sua natureza é a alma imaterial e
imortal, feita à imagem e semelhança de Deus, unida substancialmente a um corpo
com o qual subsistem como alguém, como uma pessoa singular com vocação e
destino eternos. A causa primeira e o fim último de cada pessoa humana é Deus;
quer dizer que vem de Deus e vai para Deus que é sua meta definida e
definitiva. Isso nos permite compreender que quando o homem se divide/afasta de
Deus pelo pecado original e os cometidos doravante, corrompe seu próprio ser,
distorce sua natureza desarraigada do princípio e do fim, torna-se desumano
para com os demais homens e para consigo mesmo. Dividido/afastado de Deus se divide
do próximo e de si mesmo, precipitando-se na dialética da contradição infinita”.
Jórdan Bruno GENTA (1909-1974). Opción política
del Cristiano: soberanía de Cristo o soberanía popular, Buenos Aires: Ediciones
REX, 1997, P. 19.
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