Frente à Pedagogia da
mediocridade e do ecletismo, frente à proposta de um self-made man sem mais compromissos senão desfazer-se deles, frente
à moral autônoma e a prescidência magisterial, frente aos pensamentos moveis e
à anormalidade homologada com o normal, frente à todas as formas de
imanentismo, reducionismo e massificação, frente à destruição da vida
contemplativa com as maquinas de ensinar e os programas de controle remoto,
frente – em suma – à Pedagogia Moderna, é necessário, urgente, impostergável, reconquistar
a Pedagogia dos Arquétipos.
Tudo já foi provado; resta
provar a Verdade.
Um ensino fundado no senhorio sobre si mesmo – que não é outra coisa que a verdadeira liberdade -, na
renúncia e na obediência, na concepção da vida como um ato de serviço; um
ensino sustentado nos mais altos valores especulativos e nas mais licitas preocupações
concretas.
Pedagogia do homem essencial,
portador de um destino transcendente; Pedagogia da virtude e do Patriotismo; da
Ordem Natural e do realismo; Pedagogia da Cruz e não da foice e do martelo,
porque uma não se salva nem engrandece com as saídas laborais e os avanços técnicos,
mas – como dizia Marechal –
“cuando traza la cruz en su esfera durable; la Cruz
tiene dos líneas: ¿cómo las traza un pueblo? con la marcha fogosa de sus héroes
abajo (tal es la horizontal) y la levitación de sus Santos arriba (tal es la
vertical de uma Cruz bien lograda)”
A resposta adequada deve partir
de uma atitude metafísica. Não basta resolver problemas conjunturais por
importantes que pareçam. Mas, ademais -
e isto é decisivo -, esse movimento da alma para o Exemplar que suscitam
os Arquétipos, não só incide no próprio aperfeiçoamento pessoa e social mas tem
seu desenlace obrigatório, sua coroação, diríamos, no conhecimento e imitação do
Arquétipo por antonomásia, a Causa Exemplar, Modelo e Modelador, guia e matriz
de tudo o que existe: Deus.
Antonio CAPONNETTO. Pedagogía y educación: la crisis de
la contemplación en la Escuela Moderna. Colección Ensayos Doctrinarios. Buenos
Aires: Cruz y Fierro Editores, 1981, pp. 256-257.
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