“A esperança, virtude
teologal sem a qual não podemos alcançar a perfeição cristã. Não se trata de
esperar em vão nem de esperar em si mesmo, senão esperar em Deus. A esperança
mundana costuma ser característica do jovem superficial. Mas quando
amadurecemos e começamos a refletir a esperança sobrenatural começa agir em
nós. A esperança virtuosa comunica valentia e arrojo. É a esperança que nos
enche de gozo, que eleva o espírito, que é fonte de energia. A esperança exige
o testemunho. Em diversas passagens do Evangelho o Senhor nos pede que nos
façamos testemunhas da esperança. Obrigação dos que creem será dar cedo ou
tarde este valioso testemunho. E é aqui quando devemos volver os olhos para as
figuras arquetípicas: santos, heróis, artistas, poetas, guerreiros, se
constituíram por isso mesmo em outras tantas manifestações de uma esperança
virtuosa que devemos imitar. É evidente que todo diagnóstico que hoje se faça
da crise do mundo moderno - centrada na perda do testemunho esperançoso dos
grandes modelos - constitui o desafio para nossa esperança cristã. Discriminar
é separar, e se tais separações são justas e claras não devemos temer ser
chamados de discriminadores. Desprezemos os espelhos diante dos quais os
modernos narcisos passam longas horas remendando suas imagens e maquiando suas
misérias”.
___ Antonio CAPONNETTO. “La Esperanza Cristiana y el Testimonio de
los Arquertipos". Conferência pronunciada na Universidade Autonoma de
Guadalajara [Foro Fe y Ciencia. Implicaciones Pedagógicas y Didácticas.
Testimonio y Esperanza. En Tí, oh Señor, tengo puesta mi esperanza.
Guadalajara, Jalisco, Janeiro de 2008].
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