segunda-feira, 21 de julho de 2014

O TESTEMUNHO DOS ARQUÉTIPOS

“A esperança, virtude teologal sem a qual não podemos alcançar a perfeição cristã. Não se trata de esperar em vão nem de esperar em si mesmo, senão esperar em Deus. A esperança mundana costuma ser característica do jovem superficial. Mas quando amadurecemos e começamos a refletir a esperança sobrenatural começa agir em nós. A esperança virtuosa comunica valentia e arrojo. É a esperança que nos enche de gozo, que eleva o espírito, que é fonte de energia. A esperança exige o testemunho. Em diversas passagens do Evangelho o Senhor nos pede que nos façamos testemunhas da esperança. Obrigação dos que creem será dar cedo ou tarde este valioso testemunho. E é aqui quando devemos volver os olhos para as figuras arquetípicas: santos, heróis, artistas, poetas, guerreiros, se constituíram por isso mesmo em outras tantas manifestações de uma esperança virtuosa que devemos imitar. É evidente que todo diagnóstico que hoje se faça da crise do mundo moderno - centrada na perda do testemunho esperançoso dos grandes modelos - constitui o desafio para nossa esperança cristã. Discriminar é separar, e se tais separações são justas e claras não devemos temer ser chamados de discriminadores. Desprezemos os espelhos diante dos quais os modernos narcisos passam longas horas remendando suas imagens e maquiando suas misérias”.


___ Antonio CAPONNETTO. “La Esperanza Cristiana y el Testimonio de los Arquertipos". Conferência pronunciada na Universidade Autonoma de Guadalajara [Foro Fe y Ciencia. Implicaciones Pedagógicas y Didácticas. Testimonio y Esperanza. En Tí, oh Señor, tengo puesta mi esperanza. Guadalajara, Jalisco, Janeiro de 2008].


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