quinta-feira, 24 de julho de 2014

OS FALSOS HUMANISTAS

"Se a comunidade jurídica (...) não souber dar resposta punitiva adequada ao banditismo violento, será bem apropriado acoimá-la de insensível, pusilânime e inútil. Escandaliza e revolta ver como falsos humanistas - espicaçados por patológicos sentimentos de culpa ou acoroçoados por farisaica e piegas comiseração por facínoras - se alvoroçam e se mobilizam, sempre que, diante da crescente ousadia e expansiva analgesia moral dos assaltantes, surgem propostas de reforço da eficácia intimidativa e dissuasória da pena”.
(...)
Obrando com a mais desfaçada improbidade intelectual, os falsos humanistas, põem nos defensores da Justiça Penal austera tacha de reacionários, retrógrados, porque, em sua óptica desonesta, estariam em oposição às tendências do direito penal moderno. Ora, isso é cavilação bluff. O que esses indivíduos refratários aos sofrimentos da população ordeira consideram tendências do direito penal moderno não passa de cerebrinas lucubrações de uns poucos nefelibatas, cientistas de gabinete, prisioneiros de delírios quiméricos”.


__ Volney Corrêa Leite de MORAES JR. Crime e castigo: Reflexões Politicamente Incorretas, São Paulo: millennium editora, 2002

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