“Insistimos neste ponto: das três virtudes teologais, a mais contrastante com os anseios naturais da vida humana, a mais transformadora de critérios e valores, é, sem dúvida, a peregrina virtude da Esperança, que Péguy e Brasilliach, dois poetas, dois heróis, que os mandarins da gauche catholique rejeitaram, viram com os traços de uma menina pobre, espécie de gata borralheira das virtudes teologais. No mundo moderno, a feroz avidez de bens terrestres, a polifórmica gulodice dos olhos, dos ouvidos, da boca e do sexo ainda procura uma forma de fé adulterada, ainda nos engana com uma hedionda caricatura da caridade, mas a divina Esperança é frontalmente rejeitada. Toda a crise do mundo católico secularizado, temporalizado, agachado, ávido de terra, de pó, de palha e de carne, é principalmente uma febre de desesperança. Os chamados progressistas querem aqui e agora o pagamento das promessas, e ameaçam levar à falência a Igreja, má pagadora neste mundo. Querem o resgate dos títulos de felicidade terrestre, e não o das almas”.
"Ó Cidadela, minha morada, prometo salvar-te dos projetos de areia, e hei de bordar-te de clarins para tocarem na guerra contra os bárbaros". A. de Saint-Exupéry ("Cidadela", II)
domingo, 23 de março de 2014
A PEQUENA ESPERANÇA
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário