O HOMEM MODERNO
Dizíamos
que este homem moderno desarraigado é fruto do grande processo revolucionário
do mundo moderno. Não em vão aquelas duas revoluções a que acabamos de aludir [a
francesa e a russa], e que tiveram a Europa por cenário, tentaram dissociá-lo
de todas as suas re-ligações: de sua família, de sua profissão, de sua terra,
de sua pátria, imaginando a sociedade política como um absoluto, diagramado por
pensadores de gabinete, desenhado sobre uma mesa de escritório. A primeira revolução
simbolizou concretamente dito projeto na famosa Lei Chapelier, que desligava o
homem das corporações artesanais, para entregá-lo à segunda revolução que o
obrigou a adaptar-se ao molde estatal. O homem ficou cada vez mais só e inerme
ante um Estado cada vez mais onipotente, sem raízes nas famílias, nas
associações intermediárias, na pátria, em Deus.
Alfredo SÁENZ. El
hombre moderno, descripción fenomenológica, Buenos Aires: Editorial Gladius, p.
08.
Nenhum comentário:
Postar um comentário